terça-feira, 2 de junho de 2015

ENTENDENDO COMPACTAÇÃO DOS SOLOS EM CAMPO

 Há décadas, mentes brilhantes, veem trabalhando na mecânica dos solos, com o intuito de entender e prever o funcionamento deste sistema natural, que é de grande importância na construção civil, o solo.         

O engenheiro Ralph Proctor, foi uma das grandes mentes, que desenvolveu a metodologia de compactação dos solos, sendo uns dos principais métodos usados atualmente.

         Quando inicia-se uma obra, um dos passos primordiais é a obtenção de matéria prima com menor custo possível. Quanto ao solo, podemos identificar como fatores econômicos, a proximidade da obra, e a qualidade do solo. No quesito qualidade do solo, estamos falando de suas propriedades tais como plasticidade, e suporte.      


 Uma equipe de laboratório, tecnicamente treinada e com conhecimentos acumulados, inicia um rastreamento de tipos de solos adequados ao fim requisitado. Para uma eficiente busca, podemos recorrer ao mapa geológico da região onde está localizada a obra, também de informações pessoais, de profissionais da área que lidam com solos.  
     
  Após localizado uma jazida com características visíveis que indicam a boa qualidade do solo, inicia-se uma sondagem, que visa quantificar a quantidade de material existente e o material retirado de cada sondagem é usado para determinar os parâmetros de laboratório.    
    
  Realiza-se um conjunto de ensaios, nas amostras retiradas da   sondagem, a fim de traçar o perfil do material. Os ensaios para classificar o solo, são: compactação; índice de suporte Califórnia; granulometria; limites de liquidez e plasticidade. 

  Com a compactação obtemos a densidade máxima seca do solo e sua umidade suficiente para atingir a densidade máxima sem saturar o solo.      
  
Com o índice de suporte Califórnia, através do ensaio de penetração obtemos o suporte do solo em percentual numa dimensão de “PRESSÃO (kgf/cm²). 
       
Com a granulometria podemos classificar o solo quanto a sua textura, grau de uniformidade, e adequação em faixas dos órgãos federais (DNIT) e/ou órgãos estaduais atuantes em cada estado.
     
Com os limites de liquidez e plasticidade podemos identificar aonde podemos aplicar o solo, ou seja se sua plasticidade foi baixa a menos que 6 junto com uma granulometria de pedregulhos, então certamente este solo será ideal para base e/ou sub-base, e com certeza o suporte também será bom. Se o solo apresentar plasticidade acima de 6 também servirá para corpo de aterro e/ou camadas de regularização. 
Para aplicar um solo em campo e compactá-lo é necessário as análises prévias citadas acima. Depois com nossos ensaios em mãos podemos iniciar a aplicação de uma camada de solo compactada.    
   
Para a realização da compactação em campo ou na obra, é iniciada o espalhamento do solo advindo da jazida já previamente estudada com espaçamentos adequados a espessura da camada a ser aplicada.     Como geralmente a umidade do solo está abaixo da umidade ótima, o maquinário entra em campo para espalhar, molhar e homogeneizar o solo e isso com moto-niveladora, caminhão pipa próprio e trator com grade de disco.  
  
No processo de umedecer é também feito a mistura até que obtenhamos uma mistura com ou próxima a umidade ótima e homogênea, dentro dos limites estabelecidos em laboratório.        
Antes do rolo compactador entrar para iniciar a compactação é necessário a equipe de laboratório estabelecer através de ensaios se a umidade está dentro dos limites e se pode iniciar a compactação.     

É importante a verificação da umidade antes do equipamento de compactação iniciar, porque se a umidade estiver dentro dos limites estabelecidos pelo laboratório o processo de compactação será apenas o necessário e obteremos resultados excelentes a nível de grau de compactação com o menor número de passadas do equipamento compactador.              
Na norma que especifica o serviço de compactação de camadas é bem sucinta quanto a verificação da umidade antes do equipamento compactador atuar, no qual esta umidade tem que atender aos estudos de laboratório, mas alguns confundem a umidade de compactação com a umidade do furo de densidade “in-situ” usando a umidade do furo para preenchimento de controle tecnológico.     

Se o solo for argiloso a umidade constatada após a compactação será sempre próxima a umidade de laboratório, porque os solos argilosos retém por mais tempo a umidade, já se formos usar a mesma umidade após a compactação para comparar com a de laboratório em um solo com características arenosas que não apresenta plasticidade com certeza a umidade estará fora dos limites de laboratório, porque num solo arenoso a perda de umidade é num curto espaço de tempo.           

É isso, após o processo de espalhamento, umedecimento e homogeneização, o solo é compactado de acordo com o tipo de camada, até atingir o grau de compactação desejado geralmente em acordo com as normas de especificação de serviço e as normas atualizadas do órgão DNIT apontam grau de compactação maior que 100% para todas as camadas partindo desde do corpo de aterro até a camada de base.

3 comentários:


  1. oi tudo bem nome artur estava mandado currículo
    e vendo o laboratório e vir seu contato
    trabalhos na areia tec. de laboratório e fiscal de obras
    gostaria que voce com seu contado para trabalhos
    em SP tec. edificação e agrimensura tentou, solo asfalto e concreto e projeto
    atualmente estudo partícula curva de bolomey abram em gráfico
    (011) 972333285

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    1. Prezado Nícolas, passei os últimos 10 anos numa Empresa dos quais 6 anos coordenando um laboratório de tecnologia da construção civil, onde trabalhava com solos, asfaltos e concretos com abrangência em ensaios simples cotidianos de obra e vários ensaios mais específicos e técnicos, onde tive êxito desenvolvendo um trabalho de pesquisas e estudos, contribuindo para o crescimento da Empresa. Atualmente estou a procura de emprego no setor...

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  2. Boa tarde tenho interesse na planilha de DOSAGEM DE MISTURA ASFÁLTICA.

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